quinta-feira, 23 de abril de 2009

Coisa de Instinto!

Hoje de manhã terminei de ler um livro indicado por uma amiga... e que assim como eu, todas que já leram o consagraram uma "bíblia-sagrada" para mulheres.
Ele simplismente não está afim de você - GREG BEHREDT & LIZ TUCCILLO; é um livro curto, de fácil entendimento e grande conteúdo. Que nos faz enxergar incríveis semelhanças nas histórias, dúvidas e desculpas contadas por mulheres comuns! E o pior (como aconteceu comigo) faz a gente se sentir patética.
Por isso, assim que eu li o último parágrafo, repensei em todas as situações que eu já vivi e em 90% delas conclui a mesma coisa.
No último post falei sobre a carência que prevalece no mundo e complementando, é por conta disso que eu (e poderia falar no plural sem medo de errar) me contento com tão pouco. Nós mulheres nos contentamos com muito pouco! Nos sentimos pressionadas pela concorrência cada vez maior e esquecemos do que é acima de tudo mais importante: cuidar do nosso instinto.
Por mais que eu sinta que a coisa vai dar errado, eu não me importo em meter-os-pés-pelas-mãos!
A consequência é claro sou eu que sofro, e sofro com força, sofro em dobro, por ter feito e por saber que no fundo EU JÁ SABIA.
Então eu resolvi ouvir mais o meu instinto, me conservar mais, evitar o que é ou poderá ser nocivo.

E pensando exatamente em "instinto" foi que eu consegui (pela primeira vez com tanta clareza!) entender as atitudes dos homens.
Os homens agem 100% vezes mais por instinto do que nós mulheres.
É só analisarmos por exemplo, a atitude de um animal feroz... Se você se mostrar ali, disponível, parada, à espera de ser atacada, ele vai dificilmente agir de imediato. Se você então enfrentá-lo, ir de encontro, mostrar confiança... aí sim ele vai ficar tão confuso e assustado que não vai saber como reagir, uns até por mais surreal que pareça, fugirão. Agora tente pensar no que acontece quando a "presa" corre pro lado oposto. A perseguição é instantânea.
Os homens gostam de desenvolver o "poder da caça". Por mais moderno que seja os tempos, essa regra jamais vai ser quebrada. Como disse o "Greg" - (devemos ser mais realistas ao invés de pensar que somos capazes de modificar os impulsos primordiais que motivam toda a natureza humana.)
As mulheres diretas e seguras de si podem até despertar admiração, mas nunca vão superar o gosto pela conquista.

E eu que me achava irreverente por tentar desenrolar as coisas...
A verdade é uma só. Nós podemos fazer papel de homem em várias situações e obter sucesso... EXCETO nos relacionamentos.

A partir dessa árdua análise eu fiz a promessa de que só vou buscar o que é melhor pra mim. Chega de mendigar atenção, ninguém precisa de esmolas nesse aspecto. Chega do pouco, da conversa fiada "antes-isso-do-que-nada!". Antes isso o escambal! Eu quero no mínimo bem mais do que isso. Eu quero muito, quero tudo o que possam me oferecer de melhor...
Bem... e se não puder oferecer tudo, melhor que não ofereça nada. Aliás, chega de responsabilizar terceiros pela minha frustração.. Se não me oferecer tudo o que eu esperava, então eu não aceito e pronto. Não quero, valeu! Já tive relacionamentos incompletos anteriormente.

Chega de me sobrecarregar, de querer dá jeito em tudo sozinha.
"Quando um não quer... o outro insiste!" é a adaptação mais submissa feita, possivelmente, por alguém frustrado com dom pra se humilhar.
E eu já me vi praticando essa insanidade tantas vezes...
Cansei de procurar, de desejar, de me expor, de me perturbar dizendo as minhas verdades e libertar quem as ouve.
Eu quero ser procurada/achada/desejada/questionada. Eu quero ser a incógnita! A sua dor de cabeça. O seu interesse. O seu impossível.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Abusando do direito de "ir e vir"

Poderia começar o texto de hoje com aquela colocação sobre a existência de "pessoas cometas e pessoas estrelas" ou então usar o clichê "as pessoas entram em nossas vidas por acaso, mas não é por acaso que elas permanecem..." (ou que vão embora!)
Em geral, parece que as pessoas estão confundindo o significado de livre arbítrio, sim, livre escolha, livre opção pra fazer o que bem entender. Contudo, não existe ação sem reação. A decisão vai ser sempre sua, mas as consequências também serão de sua inteira responsabilidade.
Shakeaspeare que me desculpe, mas eu descordo do pensamento que "tu és eternamente responsável por aquilo que cativas", ninguém é eternamente responsável por nada e quem se deixou cativar também é culpado.
Sinto que a cada dia que passa os relacionamentos têm perdido a essência, embora a intimidade dada a estranhos só tenha aumentado.
A modernidade hoje transmite uma liberdade de expressão vinculada a crueldade, ao despeito, a indiferença. Falta decência, falta comprometimento, falta "amar ao próximo como a si mesmo".

Comprometimento:
Iniciar uma relação que tende à convivência; que gera liberdade; que dá intimidade; que pede respeito; que espera consideração, onde o bom senso é fundamental... envolve compromisso. E há pessoas que simplismente ignoram isso!
Se acham no direito de usar do seu livre arbítrio pra ir e vir quando quiserem, quando lhes for conveniente. Um dia estão aqui, no outro não. E você fica ali, esperando uma explicação, uma manifestação que seja, um sinal... E aquela criatura sabe-se-lá baseada em que fundamento se ausenta...
A primeira coisa que você percebe é que não existe mais um relacionamento, até aí tudo bem, relacionamentos se desfazem todos os dias, (nesse momento mesmo deve ter algum se desfazendo), depois você começa a sentir falta da convivência, ok, com o tempo.. acostuma, aí você se dá conta que perdeu a liberdade e a intimidade com aquele sujeito (que até ontem te chamava pelo apelidinho carinhoso que ele mesmo inventou), por fim o mínimo que poderia ter restado, no caso a consideração e o respeito, sumiram, junto com todos os outros indícios... Chega a hora então, de você, a essa altura já completamente atônita, buscar notícias, buscar compreender o-que-diabos-aconteceu... buscar um motivo (mesmo que inaceitável a princípio), depositando sua última esperança no bom senso e ter que se contentar com NADA. A solução?
A solução é abstrair. Engolir esse caroço fingindo autoconfiança, tentando controlar toda a inquietação que sufoca o peito. Padecendo na indignação. Remoendo a frustração de ter permitido, independente do tempo, que um estranho (que você pensou conhecer) te cativasse.
Esse tipo de situação bizarra acontece com frequência por aí... e destroem neurônios, causam insônia, depositam mágoa.
É por essas e outras que eu não suporto meio termos, detesto as coisas pela metade. Não sei lidar com o sub-entendido, sou incapaz de interpretar o silêncio.
Eu gosto do que é falado, do que é explícito, do que é sincero. Sempre fui bem-resolvida nesse aspecto, não planto dúvidas em ninguém e me considero digna de merecer reciprocidade.
Todos deveriam saber que em um mundo como o nosso, onde prevalece a carência, elogios são facilmente esquecidos... mas experimente só ofender alguém uma única vez.
Bandeira branca pra arte do desapego!


Sem mais.
Tchau, I have to go now...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

White flag

Optei pelo termo acima por dizer muito a respeito do meu estado comportamental momentâneo. Próxima aos 21 anos, me vejo como alguém que "vive" intensamente. Faço o tipo *brasileira/insistente/cheia de expectativas. Tenho o péssimo hábito de tentar adivinhar o futuro e enxergar através do óbvio, a atitude auto-destrutiva de ouvir o coração e tapear a razão.
Sempre fui fiel a frases como: "Só me arrependo do que não fiz"; ou "Na dúvida, faça." Porém hoje me pego questionando o que toda essa intensidade me acrescentou... E além de conhecimento (somando tudo o que já ouvi/li) e sabedoria (vinda das experiências que já tive), me trouxe também (em grande quantidade) espaços vazios.
Como alguém que se diz viver intensamente possui espaços vazios?!
Já explico...
Os espaços tendem a aparecer logo depois que os momentos intensos passam, isso porque "nada-dura-para-sempre" (fato) e principalmente porque quanto maior a intensidade mais rápido o efeito. E efeitos também passam, vencem, acabam.
Existem várias definições para *limite. Limite de tempo, de espaço. Nós convivemos com isso desde muito cedo, entretanto cada um desenvolve a tática de saber onde começa/termina o seu (ou deveriam desenvolver), como é o meu caso.
Já me julguei limitada demais, outrora demenos. E pra mim tudo que é demais cansa e tudo que é demenos não é suficiente. Por isso ergui bandeira branca!
Atrasando o ritmo incessante das minhas vontades, interrompendo a ordem das minhas atitudes, em uma busca ao meu ponto de equilíbrio. Ao meu "limite equilibrado".
"Quanto vale a pena tentar?! - Quando devo parar?!" Renato Russo/Dado Villa-Lobos/Marcelo Bonfá compuseram e muita gente cantou "Não aprendi a me render, que caia o inimigo então!" Mas na prática não é assim que funciona. Um coração dilacerado como o meu, sabe que pior do que se render é descobrir que no final o inimigo foi criado por você, está dentro de você.
Antes eu encarava a atitude de desistir-do-que-se-quer-muito, covardia, hoje eu chamo de auto-estima. Porquê esqueceram de avisar que nem tudo o que a gente quer vai nos fazer bem.
Sendo assim;
Bandeira branca pro meu ego...
Bandeira branca pra luta pelo o que eu quero...
Bandeira branca pro desejo inimigo que mora dentro de mim.
"There be white flag!" É... haja bandeira branca!