segunda-feira, 13 de abril de 2009

White flag

Optei pelo termo acima por dizer muito a respeito do meu estado comportamental momentâneo. Próxima aos 21 anos, me vejo como alguém que "vive" intensamente. Faço o tipo *brasileira/insistente/cheia de expectativas. Tenho o péssimo hábito de tentar adivinhar o futuro e enxergar através do óbvio, a atitude auto-destrutiva de ouvir o coração e tapear a razão.
Sempre fui fiel a frases como: "Só me arrependo do que não fiz"; ou "Na dúvida, faça." Porém hoje me pego questionando o que toda essa intensidade me acrescentou... E além de conhecimento (somando tudo o que já ouvi/li) e sabedoria (vinda das experiências que já tive), me trouxe também (em grande quantidade) espaços vazios.
Como alguém que se diz viver intensamente possui espaços vazios?!
Já explico...
Os espaços tendem a aparecer logo depois que os momentos intensos passam, isso porque "nada-dura-para-sempre" (fato) e principalmente porque quanto maior a intensidade mais rápido o efeito. E efeitos também passam, vencem, acabam.
Existem várias definições para *limite. Limite de tempo, de espaço. Nós convivemos com isso desde muito cedo, entretanto cada um desenvolve a tática de saber onde começa/termina o seu (ou deveriam desenvolver), como é o meu caso.
Já me julguei limitada demais, outrora demenos. E pra mim tudo que é demais cansa e tudo que é demenos não é suficiente. Por isso ergui bandeira branca!
Atrasando o ritmo incessante das minhas vontades, interrompendo a ordem das minhas atitudes, em uma busca ao meu ponto de equilíbrio. Ao meu "limite equilibrado".
"Quanto vale a pena tentar?! - Quando devo parar?!" Renato Russo/Dado Villa-Lobos/Marcelo Bonfá compuseram e muita gente cantou "Não aprendi a me render, que caia o inimigo então!" Mas na prática não é assim que funciona. Um coração dilacerado como o meu, sabe que pior do que se render é descobrir que no final o inimigo foi criado por você, está dentro de você.
Antes eu encarava a atitude de desistir-do-que-se-quer-muito, covardia, hoje eu chamo de auto-estima. Porquê esqueceram de avisar que nem tudo o que a gente quer vai nos fazer bem.
Sendo assim;
Bandeira branca pro meu ego...
Bandeira branca pra luta pelo o que eu quero...
Bandeira branca pro desejo inimigo que mora dentro de mim.
"There be white flag!" É... haja bandeira branca!


3 comentários:

  1. Esse texto me serve como alívio. Todo esse "Faço o que quero" sempre acaba em algum lugar, na maioria das vezes, nem tão bom.
    Aprendizados, né?
    Nosso caminho a gente quem faz.
    te amo, daqui até a lua - ida e volta.

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  2. Que cada palavra contida no texto crie vida e faça valer a firmeza que as mesmas passam...Bjo linda!

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  3. O problema é que nós só sabemos que o que tanto queremos pode não nos fazer tão bem quanto julgamos, quando já fizemos. =/

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